Bruno José Navarro Marçal nasceu em Coimbra em 1977, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição onde realizou também o Mestrado em História Contemporânea. Concluiu o seu doutoramento na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova.
Foi professor no Instituto Superior de Ciências Educativas, integrando ainda o corpo docente de cursos pós-graduados da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Na sua carreira de investigador passou pelo Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia e no Centro de História da Universidade Nova de Lisboa.
Com um percurso político ligado a Vila Nova de Foz Côa, Bruno Navarro foi deputado à Assembleia Municipal e membro da Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Douro. Desempenhou ainda funções na Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, acompanhando as áreas educativa e cultural.
O seu trabalho como investigador foi objeto de vários reconhecimentos, tendo vencido: o Prémio "O Parlamento e a República", atribuído pela Assembleia da República, o Prémio de História Contemporânea – Dr. Victor de Sá, atribuído pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho e o prémio «República e Academia», atribuído pela Comissão Nacional para as Comemorações.
Desde 2017, Bruno Navarro era presidente do Conselho Diretivo da Côa Parque - Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, cargo que desempenhou com elevado sentido de missão, dinamismo e competência.
Em menos de 3 anos conseguiu ser apreciado e chamado a integrar equipas internacionais responsáveis pela gestão e divulgação dos sítios de Arte Paleolítico e permitiu levar além fronteiras a Arte Milenar do Vale do Côa, tornando esta instituição uma referência a nível nacional e internacional.
O seu trabalho na liderança da Fundação do Côa Parque, é amplamente reconhecido, tendo integrado diferentes domínios, da cultura, da ciência e do conhecimento, do ambiente e do turismo. Mobilizou e agregou diferentes entidades e parceiros regionais e nacionais, numa visão integrada e de desenvolvimento sustentável do Vale do Côa.
Em julho de 2020, organizou o regresso de António Guterres ao Côa e o seu reconhecido mérito na origem da história mais recente do Vale do Côa.
Em setembro de 2020, foi eleito membro da Direção da Ciência Viva, tendo sido um dos impulsionadores pela integração do Museu do Côa na Rede Nacional de Centros de Ciência Viva.
O seu espírito empreendedor, irrequieto e visionário e a sua personalidade humanista, marcaram as suas decisões e deixa-nos um legado que importa sublinhar.
Os colaboradores e parceiros da Fundação Côa Parque não perderam somente o seu líder, perderam um colega, um companheiro, um amigo.
À família e amigos as sentidas condolências.